quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

UMA ALMA SALVA



Durante um violento temporal na costa da Escócia fora lançado um possante veleiro, pela fúria do mar agitado, contra a praia rochosa. O forte vento e as altas ondas pareciam querer despedaçar o casco do navio. Os pescadores na praia reconheceram logo a situação crítica em que se achavam os tripulantes e foram em seu auxílio.
A fúria da vento era semelhante a um bando de demônios que ameaçava destroçar tudo. O perigo era grande. Contudo, alguns homens destemidos tomaram um barco e se fizeram ao mar e conseguiram salvar a tripulação. Para espanto seu, quando se afastaram do veleiro náufrago, notaram que tinham esquecido de resgatar mais um tripulante que se agarrava ao mastro. O desespero se estampava em seu rosto. Mas, os remadores disseram: "Não podemos voltar e buscá-lo. Se o tentarmos, o nosso bote será arremessado contra as rochas e feito em pedaços pela violência das ondas e todos pereceremos."
Deixaram o jovem sobre o veleiro e rumaram em direção à terra. Quando chegaram à praia, aproximou-se deles um jovem robusto e disse: "Se alguém me acompanhar irei buscar aquele náufrago." Sua mãe, que se achava a seu lado, abraçou-o carinhosamente e lhe disse: "Meu filho, você não deve ir. Lembre do seu pai, que também era marinheiro, e pereceu num temporal como este. E, há 8 anos, também seu irmão Guilherme foi ao mar, e nada mais ouvimos dele. Sem dúvida, ele também morreu num naufrágio. Se você for agora e perecer, o que farei eu? Já sou velha e pobre. Você é o meu arrimo, eu lhe rogo que não vá."
Mas, amorosamente, soltou o braço da mãe e respondeu: "Mamãe, ali fora um homem está em perigo. Creio que é o meu dever salvá-lo. Se eu perecer cumprindo o meu dever, Deus há de cuidar da senhora." E, beijando-lhe a querida face, embora pálida e enrugada, embarcou no bote, junto com seu companheiro, e partiram no meio da veemência do temporal.
Os que ficaram na praia ansiosamente esperaram longo tempo, com os olhos fitos no veleiro que devagar ia afundando. Anelavam a volta do barco. Enfim, o avistaram quando anda vinha mui distante, balançado violentamente pelas ondas. Já cansados e quase exaustos, os dois homens, lutavam heroicamente para conduzir o barco à terra. Quando já estavam tão próximos que podiam ser ouvidos, os que estavam em terra perguntaram: "Vocês puderam salvar o homem?"
O jovem que havia partido para salvar o homem, levando as mãos à boca exclamou: "Sim, digam à mamãe que achei meu irmão Guilherme." Havia somente uma alma a ser posta a salvo, e esse homem do veleiro náufrago que se afundou no mar era seu próprio irmão, que por longo tempo estava perdido.
Condições semelhantes há em tomo de nós. Por toda parte há almas perecendo, que ainda se apegam a alguma coisa terrena, a qual logo lhes será arrancada pelo próximo embate da tempestade. Estas almas são nossos irmãos perdidos. O nosso dever é salvá-los, mesmo com risco de nossa vida terrestre.
 Milhares de almas andam sem rumo definido e serão finalmente arrastadas pelo poder do pecado. O plano divino é salvar os homens por intermédio de homens. Deus conta com você e comigo!

Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura  Mc16:15


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