quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A FORÇA DO AMOR

Eram noivos e se preparavam para o casamento, quando o pai da noiva descobriu que o rapaz era dado ao jogo.Decidiu se opor à realização do matrimônio, a pretexto de que o homem que se dá ao vício do jogo, jamais seria um bom marido.Contudo, a jovem obstinada decidiu se casar, assim mesmo. E conseguiu, fazendo valer a sua vontade, vencendo a resistência do pai.
Nos primeiros dias de vida conjugal, o rapaz se portou como um marido ideal. Entretanto, com o passar dos dias, sentia crescer em si cada vez mais o desejo de voltar à mesa de jogo.Certa noite, incapaz de resistir, retornou ao convívio de seus antigos companheiros.Em casa, a jovem tomou um bordado e ficou aguardando. Embora ocupada com o trabalho manual, tinha os olhos presos ao relógio. As horas pareciam passar cada vez mais lentas.
Já era alta madrugada, quando o marido chegou. Nem disfarçou a sua irritação, por surpreender a companheira ainda acordada. Logo imaginou que ela o esperava para censurar a sua conduta.Quando ele a interrogou sobre o que fazia àquela hora ela, com ternura e bondade na voz, disse que estava tão envolvida com seu bordado, que nem se dera conta da hora avançada.Sem dar maior importância à ocorrência, ela se foi deitar.
No dia seguinte, quando ele retornou ainda mais tarde da casa de jogos, a encontrou outra vez a esperá-lo.
“Outra vez acordada?”, perguntou ele quase colérico.
“Não quis que fosse se deitar, sem que antes fizesse um lanche. Preparei torradas, chá quentinho. Espero que você goste.”E, sem perguntar ao marido onde estivera e o que fizera até aquela hora, a esposa o beijou carinhosamente e se recolheu ao leito.Na terceira noite, ela o esperou com um bolo delicioso, cuja receita lhe fora ensinada pela vizinha.Antes mesmo que o marido dissesse qualquer coisa, ela se prendeu ao pescoço dele, abraçou-o e pediu que provasse da nova delícia.E assim, todas as madrugadas, a ocorrência se repetiu. O marido começou a se preocupar.
Na mesa de jogo, tinha o pensamento menos preso às cartas do que à esposa, que o esperava, pacientemente, como um anjo da paz.Começou a experimentar uma sensação de vergonha, ao mesmo tempo de indiferença e quase repulsa por tudo quanto o rodeava.O que ele tinha em casa era uma mulher que o esperava, toda madrugada, para o abraçar, dar carinho. E ele, ali, naquele lugar? Aos poucos, foi se tornando mais forte aquele incômodo. Finalmente, um dia, de olhar vago e distante, como se tivesse diante de si outro cenário, o rapaz se levantou de repente da mesa de jogo.Como se cedesse a um impulso quase automático, retirou-se, para nunca mais voltar.
Nos dias de hoje, é bem comum os casais optarem por se separar, até por motivos quase ingênuos.Poucas criaturas decidem lutar para harmonizar as diferenças, superar os problemas, em nome do amor, a fim de que a relação matrimonial se solidifique.Contudo, quando o amor se expressa, todo o panorama se modifica. É difícil a alma que resista às expressões do amor. Porque o amor traz a mensagem da plenificação, do bem estar, da alegria.Desta forma, é sempre salutar investir no amor, expressando-o através de gestos, pequenas atenções, gentilezas.O amor é o sentimento por excelência e tem a capacidade de transformar situações e pessoas.

O amor é paciente, é benigno,o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera,tudo suporta. 1Co 13: 4-7-8a

CREIA E VIVERAS

Contam que um alpinista, desesperado por conquistar uma altíssima montanha, iniciou sua escalada depois de anos de preparação. Como queira a glória só pra si, resolveu subir sem companheiros.
Durante a subida, foi ficando mais tarde e mais tarde e ele, para ganhar tempo, decidiu não acampar, sendo que continuou subindo… e, por fim, ficou escuro.
A noite era muito densa naquela ponto da montanha, e não se podia ver absolutamente nada. Tudo era trevas, visibilidade zero, a lua e as estrelas estavam encobertas pelas nuvens.
Ao subir por um caminho estreito, a poucos metros do topo, escorregou e precipitou-se pelos ares, caindo a uma velocidade vertiginosa.
Naqueles breves segundos da sua queda, sua vida passava-lhe inteira à sua frente. Quando a morte já lhe era certa, de repente, um fortíssimo solavanco… causado pelo esticar da corda à qual estava amarrado e que, por sorte, prendera-se às rochas.
Nesse momento de solidão, suspenso no ar, não havia nada que pudesse fazer, senão pedir socorro aos céus: - Meus Deus, ajude-me!
De repente, uma voz vinda dos céus lhe pergunta: - Que queres que eu te faça?
- Salva-me, meu Deus! Respondeu o alpinista.
- Crês realmente que Eu posso salva-lo?
- Sim, Senhor, eu creio.
- Então, corta a corda!

Depois de um profundo momento de silêncio, o alpinista agarrou-se ainda mais à corda.
- Porque duvidas… não crês que eu posso salvá-lo? Insistiu a voz. – Se creres, verás a glória de Deus.
Conta a equipe de resgate que, no outro dia, encontraram o alpinista morto, congelado, com as mãos firmemente agarradas à corda… a apenas dois metros do chão.
“O Senhor nosso Deus nos segura pelas mãos e nos diz: Não temas, Eu te ajudo” – Isaías 41.13.

domingo, 27 de janeiro de 2013

A HORA É AGORA

Há momentos em que amanhecemos e paramos!
Ficamos inertes diante das imensidões negativas que acumulam pedras em nosso caminho. 
Não sabemos o que fazer pois as paredes se formam e nos faz sentir pequenos; insuficientes.
Perguntamos a Deus o porquê; a razão que O faz permitir que venhamos a nos encontrar com situações que nos induzem a parar? Barreiras que se levantam mesmo diante daquilo que fazemos para Ele mesmo?
Momentos em que refletimos: Vale a pena continuar?
E nesta pergunta a Ele, vem a resposta:
"Eu permito que situações adversas aconteçam para que vocês se tornem mais fortes! Como os fortalecerei se estiverem distantes? Como  ouvirão, como clamarão por alguém como Eu, O Deus Criador, se tudo for bem e descomplicado em suas vidas? O homem precisa saber que não está só! Infelizmente, para muitos são as situações ruins que os levam a Me Conhecer! A saber que Eu me importo com Eles!"
Depois desta resposta, não temos argumentos. Diante de Deus, nos inspiramos a continuar!
Então nos perguntamos mais uma vez:
Já é tarde demais?
Não!
A Hora é Essa!
Hora de ergue-se, sair em busca de soluções, ouvi a voz orientadora de nosso Pai. Sem adiar para amanhã, pois os que adiam suas obras, logo aprendem que melhor teria sido obedecer!
Se nossa resposta aos problemas forem breves, ganharemos a oportunidade de estarmos diante de novos caminhos, estes talvez com novas questões a serem solucionadas...
Mas algo de concreto é colhido: 
Que nada é melhor nestas situações que confiar em Deus e ganhar o galardão da experiência aprendida.
Então, olhe para o relógio e não deixe o tempo passar em vão!
Olhe para Deus, e veja o quanto Ele é poderoso!
Realmente Seu olhar está sobre nós!
Os que confiam no Senhor serão como o monte de
 
Sião que não se abala, mas permanece para sempre 
 
Sl 125:1
 
 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

USE O SEU TALENTO

Um violinista, bastante elogiado em seus concertos, tinha um irmão que era pedreiro.  Certo dia, uma mulher disse extasiada ao pedreiro: "Deve ser maravilhoso ter um violinista tão famoso na família." A seguir, não querendo insultar o pedreiro, ela continuou: "Claro que nós não temos o mesmo talento, e até em uma família, alguns têm mais talentos que os outros." O pedreiro respondeu à mulher: "Eu sei muito bem disso!  Meu irmão violinista não entende nada sobre colocar tijolos.  Se ele não fosse capaz de conseguir dinheiro tocando seu violino, não poderia contratar um sujeito competente como eu para construir uma casa.  Se fosse necessário ele construir a casa para morar, estaria arruinado."
Se desejamos construir uma casa, não precisamos de um violinista.  Se pretendemos contratar uma orquestra, não necessitamos de um pedreiro.  Não há dois de nós exatamente iguais.  Não temos todos os mesmos dons e habilidades.  Somos responsáveis por exercitar os dons que possuímos e não aqueles que gostaríamos de possuir.  E quando temos de tomar decisões sobre nossa própria vida e sobre qual direção tomar, devemos enfocar nossas forças e não nossas fraquezas.
Precisamos conhecer a nós mesmos.  Temos de saber o que fazemos bem e nos empenhar nisso com todas as forças.  Nossa determinação e esforço realçará nossas virtudes e ocultará as nossas debilidades.

Cada um de nós tem seu próprio valor.  Não podemos medi-lo comparando-o com os demais.  Deus nos deu talentos e cabe a nós desenvolvê-los com todo amor e prazer.  Deus não deseja que façamos mais do que Ele espera de nós e nos tornamos uma grande bênção quando cumprimos a nossa parte no cenário da vontade do Senhor.
Deixamos, muitas vezes, a felicidade escapar simplesmente porque estamos empenhados em nos parecer com uma outra pessoa.  Enganamo-nos.  A verdadeira alegria e satisfação não se encontra nas conquistas de sonhos distantes e sim daqueles que estão ao nosso alcance.
Louve a Deus pelo talento que Ele lhe deu. 

 Use-o como se fosse o maior de todos os talentos.  E tenha certeza de que verdadeiramente é o maior.  Fazendo isso, você encontrará a plenitude da felicidade para sua vida.

COMO ANDA SUA LINGUA

  • Há mais de dois mil anos, um rico mercador grego tinha um escravo chamado Esopo. Um escravocorcunda, feio, mas de sabedoria única no mundo. Certa vez, para provar as qualidades de seu escravo, o mercador ordenou:Toma, Esopo. Aqui está esta sacola de moedas. Corre ao mercado. Compra lá o que houver demelhor para um banquete. A melhor comida do mundo!Pouco tempo depois, Esopo voltou do mercado e colocou sobre a mesa um prato coberto por fino pano de linho. O mercador levantou o paninho e ficou surpreso:Ah, língua? Nada como a boa língua que os pastores gregos sabem tão bem preparar. Mas porque escolheste exatamente a língua como a melhor comida do mundo?O escravo de olhos baixos, explicou sua escolha:O que há de melhor do que a língua, senhor? A língua é que nos une a todos, quando falamos.Sem a língua não poderíamos nos entender. A língua é a chave das ciências, o órgão da verdadee da razão. Graças à língua é que se constróem as cidades, graças à língua podemos dizer o nosso amor. A língua é o órgão do carinho, da ternura, do amor, da compreensão. É a língua que torna eterno os versos dos grandes poetas, as idéias dos grandes escritores. Com a língua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se demonstra,se afirma. Com a língua dizemos "mãe", "querida" e "Deus". Com a língua dizemos "sim". Com a língua dizemos "eu te amo"! O que pode haver de melhor do que a língua, senhor?O mercador levantou-se entusiasmado:Muito bem, Esopo! Realmente tu me trouxeste o que há de melhor. Toma agora esta outra sacolade moedas. Vai de novo ao mercado e traz o que houver de pior, pois quero ver a tua sabedoria.Mais uma vez, depois de algum tempo, o escravo Esopo voltou do mercado trazendo um prato coberto por um pano. O mercador recebeu-o com um sorriso:Hum... já sei o que há de melhor. Vejamos agora o que há de pior...O mercador descobriu o prato e ficou indignado:O quê?! Língua? Língua outra vez? Língua? Não disseste que a língua era o que havia de melhor?Queres ser açoitado?Esopo encarou o mercador e respondeu:A língua, senhor, é o que há de pior no mundo. É a fonte de todas as intrigas, o início de todos os processos, a mãe de todas as discussões. É a língua que separa a humanidade, que divide os povos. É a língua que usam os maus políticos quando querem nos enganar com suas falsas promessas. É a língua que usam os vigaristas quando querem trapacear. A língua é o órgão da mentira, da discórdia, dos desentendimentos, das guerras, da exploração. É a língua que mente,que esconde, que engana, que explora, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que mendiga,que xinga, que bajula, que destrói, que calunia, que vende, que seduz, que corrompe. Com alíngua, dizemos "morre", "canalha" e "demônio". Com a língua dizemos "não". Com a língua dizemos "eu te odeio"! Aí está, senhor, porque a língua é a pior e a melhor de todas as coisas!
  • "Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas ponham em prática o que ela manda....Alguém pensa que é religioso? Se não souber controlar a sua língua, a sua religiãonão vale nada, e ele está enganando a si mesmo. Para Deus, o Pai, a religião pura e verdadeira é esta: ajudar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e não se manchar com as coisas más deste mundo.
  • "Vamos usar as nossas palavras, comentários e observações para abençoar, estimular e animar aqueles que estão ao nosso redor? Como você abençoará alguém através das suas palavras durante o dia de hoje? Faça isto e você descobrirá a benção de Deus sobre a sua vida.
  • Tg 3:9-10a    Com ela bendizemos ao Senhor ePai; também com ela amaldiçoamos os homens, feitos á semelhança de Deus.; de uma só boca procede bênção e maldição.
  • terça-feira, 22 de janeiro de 2013

    CONVERTA-SE EM TUDO

    "Todavia, assim como vocês se destacam em tudo: na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também neste privilégio de contribuir." [2 Coríntios 8:7]

    A história que se conta de Sam Houston, herói texano da história dos E.U.A., é que ele entregou sua vida a Jesus nos últimos anos de sua existência e pediu para ser batizado. Ele foi levado para um pequeno riacho e o pastor lhe disse: "General Houston, tire os óculos, porque eu vou mergulhá-lo na água." Havia também alguns documentos nos bolsos do General Houston. Ele também os tirou.

    Quando ele estava se preparando para entrar na água, o pastor notou que o General Houston ainda tinha a sua carteira no bolso. Então alertou-lhe: "General! Se o senhor não tirar a sua carteira, vai molhá-la totalmente."

    Houston respondeu: "Se há alguma parte de mim que precisa ser batizada, é a minha carteira." Então ele foi batizado com carteira e tudo.

    Jesus disse: "Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem, também será usada para medir vocês". [Lucas 6:38]

    Talvez você pense:: "Ah, se eu tivesse um milhão de dólares, eu contribuiria mais para a causa do Senhor." Mas isso não é necessariamente verdade. Isso é relativo. Talvez você ache que não pode se dar ao luxo de dar, mas na verdade você não pode é se dar ao luxo de não dar. Dar deve ser uma alegria, um privilégio. E também é sempre uma oportunidade.

    domingo, 20 de janeiro de 2013

    PEQUENA FÉ

    John McNeil, pastor nas ilhas britânicas, relata que certa vez pastoreou uma igreja que tinha pesadas dívidas. Isso o preocupava, e ele orou muito a respeito.

    Certo dia um estranho foi ao seu escritório e disse-lhe que tinha conhecimento da dívida da igreja e se ofereceu para ajudar.
    A seguir, deixou um cheque em branco sobre a escrivaninha do pastor e o instruiu a levantar o valor exato da dívida e preencher cheque na quantia necessária, prometendo retornar mais tarde para assinar o cheque. 

    O pastor não podia crer no que acabara de ouvir. Depois que o desconhecido partiu, ele começou a racionalizar:
     “Isso não pode ser  verdade. Será que esse homem entende que nossa dívida chega a milhares de libras? Duvido que pagasse tudo, se soubesse o total. Mas, ele me mandou colocar o valor completo. Não, isso  seria injusto; seria querer tirar vantagem. Vou  colocar só a metade do valor.” E foi o que ele fez.
    Quando o estranho retornou, assinou o cheque sem hesitar. Obviamente estava falando sério.
    O benfeitor da igreja era um filantropo muito rico. Quando o pastor entendeu que o homem era plenamente capaz de cobrir a dívida, desejou ter escrito o valor total que a igreja devia, mas era tarde demais…
    “Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa, homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos” – Tiago 1.6-8

    quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

    PARECE MAS NAO E

    Era uma vez uma onça que há muito tempo perseguia uma raposa, mas ela sempre lhe escapava.
    A onça já estava cansada de ser enganada pela raposa. Assim, decidiu atraí-la para sua caverna.
    Fez espalhar pela floresta a notícia de que havia morrido e deitou-se bem no meio da toca, fingindo-se de morta.
    Todos os bichos vieram olhar o seu corpo, contentíssimos.
    A raposa também veio, mas meio desconfiada ficou olhando de longe. E por trás dos outros animais perguntou:
    - A onça já deu seus últimos suspiros?
    Ninguém soube responder. E a raposa falou:
    - Uma pessoa só morre de verdade depois que der seus três últimos suspiros de vida. Foi assim com a minha avó!
    A onça, então, para mostrar que estava morta de verdade, suspirou três vezes.
    A raposa fugiu, dando gargalhadas.

    Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.
    I João 4.1

    JESUS NOSSO PILOTO

    O menino estava sozinho na sala de espera do aeroporto, aguardando seu vôo.
    Quando o embarque começou, ele foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos.
    O menino foi simpático quando puxaram conversa com ele, e em seguida começou a passar o tempo colorindo um livro.
    Não demonstrava ansiedade ou preocupação com o vôo enquanto as preparações para a decolagem estavam sendo feitas.
    Durante o vôo a aeronave entrou numa tempestade muito forte, o que fez com que balançasse como uma pena ao vento.
    A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram alguns dos passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade.
    Uma das passageiras sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com ele e perguntou:
    Você não está com medo?

    Não, senhora, respondeu ele, levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir e piscando um dos olhos, meu pai é o piloto!

    Em Deus ponho a minha
    confiança e não terei medo!
    Salmo 56.11

    segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

    HOMENS SEM JESUS

    Seis homens ficaram bloqueados numa caverna por uma avalanche de neve. Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam.
     Se o fogo apagasse – eles sabiam –, todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.
    O primeiro homem era um racista. Ele olhou demoradamente para os outro cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então ele raciocinou consigo mesmo:
    “Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro.” E guardou-as protegendo-as dos olhares dos demais.
    O segundo homem era um rico avarento. Ele estava ali porque esperava receber os juros de uma divida. Olhou ao redor e viu um circulo em torno do fogo , um homem da montanha, que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele fez as contas do valor da sua lenha e enquanto mentalmente sonhava com o seu lucro, pensou:
     “Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso?”
    O terceiro homem era o negro. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou mesmo daquela superioridade moral que o sofrimento ensinava. Seu pensamento era muito prático:
     “É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem.” E guardou suas lenhas com cuidado.
     O quarto homem era o pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Ele pensou:
     ” Esta nevasca pode durar vários dias, vou guardar minha lenha.”
     O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas. Nem lhe passou pela cabeça oferecer da lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil.
     O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosa das mãos, os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido.
     “Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos meus gravetos.”
     Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou. Ao alvorecer do dia, quando os homens do Socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha.
     Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de Socorro disse:
    “O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro.”

     Que tipo de pessoa temos sido ?
    2 Tm 3: 1-2a   Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis: pois os homens serão egoístas

    sábado, 12 de janeiro de 2013

    O ORGULHOSO


    O Zero sentia-se vazio. Olhava para si mesmo e não gostava do que via: era aquela enorme barriga; era a incapacidade de sobressair; era a falta de um carácter vincado…

    Achava mesmo que não valia nada. Já muitas vezes tentara ser esguio como o 1, elegante como o 4 ou belo como o 7, mas nem sequer conseguia a pequena proeza de esticar uma haste para se assemelhar ao 6 ou ao 9.

    Era realmente uma nulidade. Mas o pior de tudo nem sequer era o aspecto, pois já se tinha habituado a isso e os outros também nunca o tinham visto de outra forma. Não, o pior nem era olhar-se ao espelho: o pior era quando olhava para dentro de si mesmo. Não valia nada, pronto! Era isso. Nunca tinha feito nada de que se pudesse realmente orgulhar; tinha as mãos vazias; nunca deixaria o nome na história ou marcas no mundo.

    Não passava de um zero.

    Mas, então, por que razão tinha consigo todos aqueles sonhos, aquele desejo de grandeza, a vontade de se lançar a tarefas gigantescas? Era um zero e sentia dentro de si uma enorme tendência para o infinito…

    Ora, isto – pensava ele – não tinha lógica nenhuma. Era até contraditório. E filosofava: Via-se logo que os números tinham sido uma invenção dos homens. Por isso não batiam certo. Se tivessem sido obra de Deus, tudo teria sido diferente. Sendo assim, paciência…

    Mas o Zero estava de longe de se resignar com a situação. Alguma coisa lá por dentro se recusava a aceitar pacificamente estas filosofias, ainda que elas servissem perfeitamente como justificação para a sua nulidade e para a vida preguiçosa que levava.

    E, no fim de contas, talvez os algarismos não fossem uma invenção dos homens.

    Muitas vezes dizia para si mesmo que não podia fugir à sua natureza, à incapacidade com que nascera. Sentindo-se incapaz do esforço de alcançar o infinito, que chamava por ele, repetia cinquenta vezes por dia que o infinito não existia. Para se convencer a si próprio. Para se poder entregar tranquilamente à doçura de uma vida sem montanhas para subir.

    No entanto, aquela doçura acabava por o maçar. Tornava-se amarga: não na boca, mas num lugar qualquer que ele não sabia identificar com exactidão. Ora, aquilo doía-lhe. Era como se tomasse veneno.

    O Zero sabia a solução, a resposta, a verdade, mas fugia de pensar nisso. Também lhe doía… O Zero sabia que o verdadeiro problema não era a preguiça nem a falta de capacidade. A questão importante era o orgulho.Sucedia que o orgulho o levava a procurar sempre o primeiro lugar quando se juntava aos outros algarismos para fazerem alguma coisa em conjunto. Conseguia esse lugar porque era o mais forte de todos, mas os outros algarismos não achavam aquilo bem. E quando isso sucedia formava-se uma barreira, uma vírgula, entre ele e os outros. E, assim, com o Zero no primeiro lugar e a vírgula logo a seguir, aquilo que faziam não valia quase nada.

    O Zero pressentia que, se aceitasse um dos últimos lugares, tudo seria diferente. Talvez então pudessem, em conjunto, aproximar-se do infinito e até tocar-lhe. Talvez assim se abrissem as portas a todos os sonhos que desde sempre trouxera consigo. Mas teria – assim pensava – de se curvar perante os outros, e baixar a cabeça era para ele uma impossibilidade…

    Não vou acabar de contar a história do Zero. Não vou dizer como chegou a entender que para um zero o melhor lugar é o último. Nem como acabou por pedir desculpa aos outros. Nem como conseguiu depois – não sempre, mas muitas vezes – a glória de baixar a cabeça e se colocar no último posto.

    É que estas transformações são sempre muito íntimas e dolorosas. Sou amigo do Zero – conheço-o muito bem – e não está certo que revele em público a sua intimidade

    Mt 19:30  Porém, muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros.

    quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

    COMO É SUA GRATIDÃO

    Desprezo a Deus

    Sabe quando você se prepara para algum evento com muita dedicação e tudo dá errado ou não sai exatamente como você esperava?
    Como você se sente? Pense, por favor...
    Você vai chegar do trabalho e precisa se arrumar para ir à uma festa, e tem em mente um vestido que será perfeito para a ocasião. Quando você chega em casa vê que o vestido não te serve mais, qual a sensação?
    Ou você marcou uma importante reunião de trabalho, você prepara o que vai falar, compra um presente para todos os empregados, se veste bem e ao chegar lá não aparece ninguém... aliás até aparece um empregado, mas super atrasado? Como você se sente em uma situação dessas?
    É decepcionante! Você percebe que o valor que você dá para aquele momento, para aquela situação ou para aquela pessoa é em vão. Parece não haver resultados, não haver correspondência, não haver valorização.
    Quem já passou por isso, sabe muito bem a péssima sensação que sentimos. É exatamente desta maneira que Deus fica quando vê você desesperado por alguma coisa na sua vida que ainda não aconteceu. Ele está preparando, cuidando de cada detalhe, preparando o momento certo, preparando você... mas o seu desespero e ansiedade acaba atrapalhando tudo.
    Quantas pessoas tem desprezado o que Deus tem preparado para elas por causa de suas ansiedades.
    Outras pessoas, nem mesmo agradecem o que Deus tem feito na vida delas. Um novo dia, uma nova oportunidade, um livramento, uma pessoa que Ele levou para a igreja de sua família, forças para trabalhar ou estudar, o pão de cada dia, enfim, bênçãos que muitas pessoas dariam tudo para desfrutar. O conselho de hoje é para que você reflita sobre a sua vida espiritual e seja mais grato(a) a Deus por tudo o que Ele tem feito e já fez para você e por você. Ele te perdoou, Ele cuidou de você, insistiu em você quando ninguém o fez, sempre acreditou em você, tem cuidado e protegido sua família, não deixa faltar o alimento, e está te ensinando os segredos da fé.
    Deixe de reclamar e aprenda a agradecer! Não despreze aquilo que Deus já fez ou está fazendo por você.
    Como você acha que Deus está se sentindo em relação a você? Ele se agrada de você? Medite nisso e busque a partir de hoje fazer aquilo que até então você estava deixando de lado.
     
    Jo 6:67-68  Então perguntou Jesus aos doze: Porventura quereis também vós outros retirar-vos?
     Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? tu tens as palavras da vida eterna.

    domingo, 6 de janeiro de 2013

    VALORES INVERTIDOS

     Vivemos dias difíceis onde somos impulsionados pela mídia e pela sociedade a buscar o sucesso a todo custo.    O corre-corre é intenso, pessoas pra lá e pra cá tentando se manter na disputa ou buscando um espaço.   Nesse contexto encontramos algumas situações que quase sempre passam desapercebidas.    Há muitos pais deixando essa busca intensa pelo sucesso influenciar diretamente no relacionamento familiar.  
     Há muitos filhos frustrados pela ausência dos pais, e pais que cobram demais sem fazer parte do processo.   Um amigo me confidenciou uma história interessante que aconteceu a ele.    Trabalhava numa grande empresa todos os dias saindo de casa as 8 e só voltando por volta das 10 11 horas da noite quando sua filha já estava dormindo.    Era praticamente diária essa situação e ele sequer parava pra pensar nos eventuais prejuizos que isso poderia lhe causar.  Em principio pode parecer que não haja, pois existe a lei da compensação que nesses casos muitas vezes é colocada em prática.
       O pai nunca está presente, e resolve compensar com presentes as vezes caros e que não agregam valores numa relação pai e filho.   Certo é que quando ele acordou, aquela menininha de apenas 5 anos carente de sua presença acabara de completar 17 anos sem que ele soubesse um terço sequer de sua vida.   Moral da história, ela engravidou de um rapaz e perdeu completamente o rumo de sua vida.   Faltou-lhe o chão e apoio paterno quando mais precisou, naquele momento onde sua mente  era apenas uma folha branca a espera de um ensino que lhe fosse útil para o resto de sua vida.   Não espere que a vida ensine aos seus filhos. 
     Olhe ao seu redor enquanto é tempo e veja que há coisas mais importantes que seu sucesso ou fama.    Dinheiro compra presentes, mas não traz de volta um filho perdido por falta de amor

    TUDO SE RENOVA EM CRISTO


    E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. II Corintios 5:17.

    No nordeste dos EUA há um pequeno inseto chamado mariposa européia. Na primavera, quando os ovos dessa mariposa chocam, podem nascer bilhões e bilhões de lagartas, e todas precisam comer para crescer e se tornarem adultas. De modo que começam a subir nas árvores e literalmente comem a floresta.
    Não demora muito para que todas as folhas de cada árvore sejam devoradas pelo apetite insaciável da multidão de lagartas. Já vi montanhas inteiras nos Estados de Nova Iorque e Massachusetts, onde parecia inverno, até pior mesmo, porque não havia sequer uma sempre-verde com folhas.
    As lagartas que encontram um número suficiente de folhas para comer a fim de superarem o estágio de lagartas, são sortudas. Mas as restantes, quando as folhas terminam, não têm mais alimento. Então descem da árvore num cordão de seda, e quando alcançam o chão vão em procura de uma árvore que tenha folhas. Mas não encontram. O número de lagartas no chão é tão elevado que é impossível caminhar sem pisar nelas. Um dia, em 1981, havia tantas no trilho da estrada de ferro que o trem não pôde subir uma montanha em Massachusetts. Todavia, não havendo mais folhas, todas as lagartas morrem à procura de comida.
    O que acontece na floresta depois que as lagartas desaparecem? As árvores parecem mortas. Então ocorre um milagre. Pequeninos brotos aparecem e novas folhas crescem. Parece primavera outra vez. Não demora muito para que as árvores estejam cobertas novamente com vivas folhas verdes.
    Algumas vezes somos tentados a sentir que nossa vida tem sido tão confusa pelas coisas - mesmo as pequeninas - que o futuro parece sombrio. Mas o mesmo Criador que traz vida para as florestas aparentemente sem recursos, pode entrar em nossa vida e "eis, todas as coisas se tornam novas outra vez". Como Ele é maravilhoso!

    sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

    O QUE VOCE ESQUECEU

    "Não me envergonho do evangelho, porque é o poder
    de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro  o judeu, depois do grego." (Romanos 1:16)

    Uma mulher foi ao médico com as duas orelhas extremamente queimadas. Então o médico disse: "Em todos os meus anos de profissão, nunca vi nada igual. Como isso aconteceu?"

    "Bem...", ela disse: "Eu estava passando roupa e assistindo TV. De repente, o telefone tocou. Eu 'atendi o ferro' ao invés do telefone, queimando minha orelha."

    "Que coisa horrível!", disse o médico. "Mas como é que você queimou a outra orelha?"

    "Dá para acreditar?" ela disse. "O telefone tocou novamente!"

    Como ela, parece que os cristãos de hoje também estão distraídos. De diferentes maneiras, perdemos o nosso foco e não sabemos quais devem ser as nossas prioridades.

    Por um lado, acho que não enxergamos mais quem são nossos verdadeiros inimigos. É a TV? É a política? Segundo a Bíblia, os nossos inimigos são o mundo, a carne e o diabo.

    Acho que também nos esquecemos do nosso verdadeiro propósito e quais são as nossas verdadeiras armas de guerra. São boicotes e protestos? Não. Em primeiro lugar, nossas armas são a oração e a Palavra de Deus.

    Por último, acho que esquecemos qual é a nossa verdadeira mensagem. É dizer que somos contra o pecado da homossexualidade ou contra o aborto? Não, nossa mensagem principal deve ser o Evangelho, que é a história da vida, morte e ressurreição de Jesus.

    Meu medo é que as pessoas saibam mais sobre o que nós cristãos somos contra do que sobre aquilo que somos a favor. Será que elas sabem em que acreditamos? Será que elas sabem o que pensamos sobre Jesus Cristo?

    BONS E MAUS

    Às vezes, quando desejo acender uma fogueira, o vento a apaga. Mas, quando tento apagar uma fogueira, o vento a mantém acesa. Assim, na primeira situação, chamo-o de “mau”, porque frustra meus planos; na outra, eu o chamo “bom”, porque ele me ajuda a realizar meu desejo.

    Este paradoxo ilustra como julgamos as coisas pela maneira como estas nos afetam. Declaramos circunstâncias ou pessoas “más” se elas frustram nossos planos ou nos causam inconveniência.

    Julgamos circunstâncias ou pessoas “boas” se concordarmos cm elas e estas apoiarem nossa causa.

    Mas, Deus é aquele que determina o que é bom ou mau; Ele o faz não levando em consideração se isso afeta nossos planos, mas se isso cumpre ou não os Seus planos. Seu plano é que sejamos “sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”. E Seu propósito para nós é proclamarmos “…as virtudes daquele que vos [nos] chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).

    Para cumprir o bom propósito de Deus, devemos respeitar todas as pessoas, amar outros cristãos, temer a Deus e honrar nossos governantes — mesmo quando algo não nos parece bom

     (1 Pedro 2:17).Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, honrai o rei.

    Tais ações podem espalhar uma centelha de crença naqueles que observam nossas reações às “más” circunstâncias e, acima de tudo, trazer louvor a Deus.

    terça-feira, 1 de janeiro de 2013

    LUTE CONTRA O SEU"EU"



    Era uma vez um bando de ratos que viviam no buraco do assoalho de uma casa velha.
    Havia ratos de todos os tipos: grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, da roça e da cidade.
    Mas ninguém ligava para as diferenças, porque todos estavam irmanados em torno de um sonho comum: uns queijos enormes, amarelos, cheiroso, bem pertinho dos seus narizes.
    Comer o queijo seria a suprema felicidade…
    Bem pertinho é modo de dizer. Na verdade, o queijo estava imensamente longe, porque entre ele e os ratos estava um gato. O gato era malvado, tinha dentes afiados e não dormia nunca. Por vezes fingia dormir. Mas bastava que um ratinho mais corajoso se aventurasse para fora do buraco para que o gato desse um pulo e, era uma vez um ratinho… Os ratos odiavam o gato.
    Quanto mais o odiavam mais irmãos se sentiam.
    O ódio a um inimigo comum os tornava cúmplices de um mesmo desejo: queriam que o gato morresse ou sonhavam com um cachorro.
    Como nada pudessem fazer, reuniram-se para conversar. Faziam discursos, denunciavam o comportamento do gato (não se sabe bem para quem), e chegaram mesmo a escrever livros com a crítica filosófica dos gatos. Diziam que um dia chegaria em que os gatos seriam abolidos e todos seriam iguais. “Quando se estabelecer a ditadura dos ratos”, diziam os camundongos, “então todos serão felizes”.
    - O queijo é grande o bastante para todos, dizia um.
    - Socializaremos o queijo, dizia outro.
    Todos batiam palmas e cantavam as mesmas canções.
    Era comovente ver tanta fraternidade.
    Como seria bonito quando o gato morresse!
    Sonhavam. Nos seus sonhos comiam o queijo. E quanto mais o comiam, mais ele crescia. Porque esta é uma das propriedades dos queijos sonhados: não diminuem: crescem sempre.
    E marchavam juntos, rabos entrelaçados, gritando: “o queijo, já!”.
    Sem que ninguém pudesse explicar como, o fato é que, ao acordarem, numa bela manhã, o gato tinha sumido.
    O queijo continuava lá, mais belo do que nunca. Bastaria dar uns poucos passos para fora do buraco.
    Olharam cuidadosamente ao redor. Aquilo poderia ser um truque do gato. Mas não era.
    O gato havia desaparecido mesmo.
    Chegara o dia glorioso, e dos ratos surgiu um brado retumbante de alegria. Todos se lançaram ao queijo, irmanados numa fome comum.
    E foi então que a transformação aconteceu.
    Bastou a primeira mordida.
    Compreenderam, repentinamente, que os queijos de verdade são diferentes dos queijos sonhados. Quando comidos, em vez de crescer, diminuem.
    Assim, quanto maior o número dos ratos a comer o queijo, menor o naco para cada um. Os ratos começaram a olhar uns para os outros como se fossem inimigos. Olharam, cada um para a boca dos outros, para ver quanto do queijo haviam comido. E os olhares se enfureceram. Arreganharam os dentes.
    Esqueceram – se do gato.
    Eram seus próprios inimigos.
    A briga começou.
    Os mais fortes expulsaram os mais fracos a dentadas.
    E, ato contínuo, começaram a brigar entre si.
    Alguns ameaçaram chamar o gato, alegando que só assim se restabeleceria a ordem.
    O projeto de socialização do queijo foi aprovado nos seguintes termos:
    “Qualquer pedaço de queijo poderá ser tomado dos seus proprietários para ser dado a os ratos magros, desde que este pedaço tenha sido abandonado pelo dono”.
    Mas como rato algum jamais abandonou um queijo, os ratos magros foram condenados a ficar esperando..
    Os ratinhos magros, de dentro do buraco escuro, não podiam compreender o que havia acontecido. O mais inexplicável era a transformação que se operara no focinho dos ratos fortes, agora donos do queijo. Tinham todo o jeito do gato, o olhar malvado, os dentes à mostra.
    Os ratos magros nem mais conseguiam perceber a diferença entre o gato de antes e os ratos de agora. E compreenderam, então, que não havia diferença alguma. Pois todo rato que fica dono do queijo vira gato.
    Não é por acidente que os nomes são tão parecidos.

    Sabe porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder.
    II Timóteo 3.1-5