segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

SEU NOME E IMPORTANTE


"Lembro, quando era ainda bem jovem e não conhecia o Senhor, que trabalhei em uma indústria com um rapaz chamado Jesus. Ele tinha o mesmo nome do Salvador, mas não tinha o Salvador em sua vida. Era um dos empregados mais problemáticos da área administrativa." (P. Barbosa)
De que adianta o nosso nome lembrar ou homenagear ao Senhor, ou a um santo do passado, ou a um personagem ilustre da história, se as nossas atitudes contradizem o que eles fizeram? De que adianta eu ter o nome do Senhor gravado em uma camiseta, ou em um broche no bolso, ou em uma fita na cabeça, ou mesmo na Bíblia que carrego debaixo do braço, se não o tenho no coração?

O brilho que um cristão mostra por onde passa não vem do seu exterior, mas do interior, da alma. Somos cristãos em um todo e não simplesmente no nome ou no que carregamos como adereço de nosso corpo.

Somos abençoados quando nos comprometemos com o Senhor Jesus, quando confiamos em Sua Palavra, quando O colocamos em primeiro lugar em tudo o que fazemos, quando não temos receio de dizer "o meu viver é Cristo".

Mais do que a importância de meu nome, o Senhor deseja que Seu nome seja importante em mim. Mais do que usar uma camisa com a citação "Eu sou de Jesus", o Senhor quer que eu use a minha vida para Sua glória e honra. Seja qual for o meu nome, o Senhor deseja que ele esteja escrito no Livro da Vida e seja proclamado no dia em que receber os "benditos do Pai" nos portões celestiais.

O meu nome é importante -- quando glorifica o nome de Jesus!


"Aleluia! Louvai, servos do SENHOR, louvai o nome do SENHOR. Bendito seja o nome do SENHOR, agora e para sempre" (Salmos 113:1, 2).

sábado, 25 de janeiro de 2014

ESTOU AQUI



Muitos anos atrás, dois estranhos se achavam numa rua de Plymouth, na Inglaterra. Era meia-noite, e o grande relógio da cidade soava as horas. Onze. Doze. Treze! Os dois homens discutiram o esquisito fenômeno por um momento, depois foi cada um para sua direção.
Várias semanas depois, o capitão Jarvis, um dos homens, despertou de manhã cedo, com a forte impressão de que devia fazer alguma coisa. Levantou, vestiu-se e desceu as escadas. Diante da porta, o soldado que o servia estava com o cavalo selado e pronto para montar. Intrigado, o capitão Jarvis montou e afastou-se. Não tinha idéia quanto ao lugar a que devia ir, nem por que, de modo que afrouxou as rédeas no pescoço do animal, deixando seguir para onde quisesse.
No lugar de embarque, o barqueiro estava pronto para atender passageiros. Sentira-se impressionado de ser necessário ali. Do outro lado do rio, montou e prosseguiu. Numa das maiores cidades, perguntou se havia algo especial ali, e lhe foi dito que um homem estava sendo julgado por crime de homicídio.
Dirigindo-se apressadamente para o tribunal, o capitão entrou justamente quando o juiz perguntava ao prisioneiro:
– Tem você alguma coisa a alegar em seu favor qualquer coisa?
– Não tenho nada a dizer, senhor, senão que sou inocente.
E contou então a história do relógio que batera treze horas em vez de doze e como outro homem observava esse fato além dele.
– Esse homem poderia provar que eu estava ali (no próprio momento em que foi cometido o homicídio), mas é um caso desesperado. Como o poderia eu encontrar?
– Estou aqui! Estou aqui! – exclamou o Capitão Jarvis.
E contou a notável cadeia de acontecimentos que o haviam levado ao tribunal, e confirmou a história contada pelo homem acusado. Este foi posto em liberdade.
Quando voce estiver desesperado, aflito,cansado, ou qualquer tipo de amargura lembre-se de Jesus

Eis que a mão do Senhor não esta encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir  Is 59:1

       Lc 18:27 Os impossíveis dos homens são possível para Deus.

CHAME O MESTRE


Um jovem ambicioso aceitou um emprego em uma grande fábrica. Tudo foi bem na primeira manhã, mas pouco depois do almoço a máquina com que ele trabalhava começou a fazer estranho ruído. Por vários minutos o novo e juvenil empregado fez oficiosamente este e aquele arranjo, apertou um parafuso aqui e outro ali, e usou generosamente o lubrificante. O estranho ruído porém continuava.
Demasiado orgulhoso para reconhecer que era deficiente na habilidade mecânica, o rapaz desligou a máquina. Fez várias tolices com uma chave inglesa, depois ligou a chave novamente, esperançoso. A máquina se recusou a trabalhar. Suando de tensão nervosa, continuou seus esforços de reparação, mas sem nenhum resultado.
A essa altura, apareceu o mestre. Acanhado, o novo empregado explicou o caso do ruído, e tentou defender suas tentativas de consertar a máquina. Encolhendo os ombros, terminou seu discurso assim: "Afinal, fiz o que pude." "Jovem", respondeu o experimentado mestre, "aqui, fazer o melhor é mandar me chamar!"
A maioria de nós tem tido experiências semelhantes. Temos lutado em nossa força humana com problemas para os quais nos havemos demonstrado incapazes. Afinal, impotentes, olhamos ao redor para sentir o Mestre a contemplar-nos, e dizendo: "Invoca-Me no dia da angústia. Eu te livrarei."

Jr 33:3  Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei cousas grandes e ocultas, que não sabes 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

DE PSICÓLOGO A GARI

Soube recentemente de um psicólogo que “virou” gari durante oito anos e varreu as ruas da maior universidade do país para concluir sua tese de mestrado sobre “invisibilidade pública”. Em suas observações constatou que a maioria dos trabalhadores braçais são “seres invisíveis”, ou seja, a percepção humana do outro não os alcança. Sua existência foi ignorada pelos seus amigos e professores, que esbarravam por ele, sem se desculpar, como se tivessem esbarrado num poste, pois não o “viam”. Uma vez precisou entrar no prédio onde estudava, com uniforme de gari, passou na frente de todos seus conhecidos, mas ninguém o enxergou. Ficou atordoado pela sua “não existência”, e chorava quando voltava para o seu mundo real. Descobriu que um simples “bom dia”, que nunca recebeu como gari, pode representar uma lufada de vida e de esperança na vida de uma pessoa. Confesso que a experiência desse homem tocou em minha alma, pois me levou a enxergar minhas doenças sociais. Também sou igual aos seus professores e amigos, que têm um olhar seletivo. Mas com um agravante: sou um homem de fé (que seguramente tem muito a aprender). er ignorado talvez seja a pior sensação que existe para um ser humano. Não é o ódio o contrário do amor, mas a indiferença. Nossos olhos estão acostumados a enxergar o belo, a valorizar o esteticamente apresentável, a granjear amigos que apresentam qualidades morais adequadas, que sejam limpos, decentes, bem casados, pessoas bem resolvidas, que professem nossa fé e nos façam bem…. afinal, não queremos manchar nossa reputação. Duvido que reconheceríamos Jesus como Enviado de Deus, se o víssemos andando pelas estradas poeirentas da Judéia, pedindo um copo d’água à beira de um poço. Afinal, Isaías diz que ele:

 “não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo mas nenhuma beleza havia que nos agradasse, era desprezado e o mais rejeitado entre os homens” (Is 53.2-4).

PORTA FECHADA

No auge da perseguição aos judeus, durante rigoroso inverno em um dos países nórdicos, deu-se o seguinte fato. Uma família foi visitar os seus vizinhos a alguns quilômetros de distância. De tarde, quando resolveu regressar, a sua filhinha de seis anos, pediu licença para ficar, no entretenimento dos brinquedos, com as crianças dos vizinhos, seus amigos. Veio a noite, com grande tempestade de neve. A menina, sentindo saudades dos pais, foge para voltar para casa, mas perde-se no caminho. Atravessava a floresta um dos perseguidos judeus e encontra, encolhida, debaixo de uma árvore, a desditosa criança. Toma-a em seus potentes braços e abriga-a debaixo do seu grosso capote. Já muito tarde, tendo a criança em seus ombros, bate à porta de uma casa, onde, no meio da floresta, descobrira uma restea de luz. Um homem abre-lhe a porta e com uma lanterna ilumina o rosto do viajante. - "Como? Como se atreve um judeu a bater em minha porta?" E inopinadamente bate a porta, fechando-a e deixando o pobre homem do lado de fora. Pela manhã, passada a tempestade, encontra no caminho, a pouca distância de sua porta, o corpo regelado daquele homem. Ao aproximar-se, descobre que debaixo do seu capote, abraçada ao seu pescoço, está uma criancinha. É a sua filha. Ao fechar a porta àquele judeu, o havia feito à sua felicidade, a razão de ser de sua vida, a alegria do seu lar. A sua única filha. E quantos hoje, estão fechando a porta àquele que lhe traz a paz e a felicidade. Que faremos de Jesus, chamado o Cristo? 

 Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo  Ap 3:20

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

E DANDO QUE SE RECEBE

O generoso será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre. Prov. 22:9.
Muito tempo atrás, um rapaz que estava viajando para a região Oeste dos Estados Unidos chegou a uma fazenda e pediu uma acomodação onde pudesse passar a noite. O proprietário recebeu-o com boa vontade. Pouco depois, outro viajante e sua esposa pararam e perguntaram se poderiam pernoitar ali. O jovem marido, que sofria de tuberculose, explicou que tinha somente quatro dólares para pagar o alojamento. O fazendeiro convidou-os a entrar e disse que não cobraria nada pelo pernoite.

O primeiro rapaz, sentindo pena do viajante enfermo, ofereceu-lhe sua cama e disse que dormiria no celeiro, o que ele realmente fez. Na manhã seguinte, quando o homem doente e sua esposa estavam partindo, o fazendeiro colocou 100 dólares na mão dele e disse que os usasse, sem preocupar-se no caso de não poder devolvê-los.

Vinte anos se passaram. O primeiro rapaz viajava perto da fazenda onde havia pernoitado tantos anos atrás e decidiu ver se o proprietário ainda morava no mesmo lugar. Morava. Enquanto recordavam aquele dia, outro visitante bateu à porta. Por uma dessas coincidências únicas na vida, era o outro viajante! Havia recuperado a saúde, e a fortuna lhe havia sorrido. Tomara conhecimento, recentemente, de que seu generoso anfitrião havia sofrido sérios reveses financeiros. Estava passando por ali para pagar a generosidade dele.

- Amigo - disse ele ao fazendeiro - você me deu 100 dólares quando eu estava necessitado, e agora quero pagar-lhe 100 dólares para cada dólar que me deu.

Bem que eu gostaria de saber os nomes das pessoas dessa história, mas não sei. Tudo o que sei é que ela foi "contada pelo rapaz que chegou primeiro àquela casa de fazenda".

A generosidade tem suas recompensas, até mesmo nesta vida. Jesus disse:


 "Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão.Lc 6:38

Mas não espere que sempre aconteça dessa maneira. Seja generoso porque isso faz parte da regra áurea -  e espere bênçãos espirituais, não materiais





sábado, 18 de janeiro de 2014

A BIBLIA VOADORA


Havia um irmão que pregava nos trens. Certo dia encontrou um homem muito valente que ameaçou fazê-lo parar de pregar porque o estava incomodando. O irmão insistiu e teve a sua bíblia arrancada das mãos e lançada pela janela do trem. Esse referido pregador ficou transtornado e triste porque achou que Deus não poderia permitir que alguém tivesse tomado tal atitude, já que estava pregando a Sua palavra.

O pregador passou por um longo período de desânimo espiritual por não entender o que lhe sucedera e por achar que Deus não poderia permitir que aquele homem tirasse de suas mãos a bíblia e a lançasse fora, como um sinal claro de blasfêmia. Mas quem somos nós para entendermos o agir de Deus?

Algum tempo depois veio a resposta para edificar a fé daquele ex-pregador. À beira da linha férrea, naquele mesmo dia, estava um homem desgostoso da vida por ter se embrenhado no vício e em crimes. Desprezado pelos familiares que não queriam nem ter notícias suas, devido ser fugitivo da polícia, decidiu dar fim a sua vida. Caminhava à beira da linha férrea esperando o momento de concluir o seu plano, jogando-se em baixo do trem. Mas Deus, soberano, onisciente, onipresente e onipotente, confundiu os homens e fez aquela bíblia voar pela janela do trem e atingir exatamente o iminente suicida. Maravilhosamente a bíblia bateu no homem e caiu aberta no chão.

Creio que todos podem entender que o homem se deixou envolver pela leitura da palavra de Deus e desistiu de seu intento vindo a se converter ao evangelho do senhor Jesus logo depois.

E o pregador? Aquele pregador que estava desanimado, que já nem queria ir à igreja, foi convidado para ouvir um testemunho de um homem que havia se convertido depois de ter vivido no crime e nas drogas. Deus havia feito uma grande obra na vida dele. Então o pregador se animou e foi ouvir o testemunho. Ficou muito surpreso quando o homem relatou que havia se convertido através de uma bíblia que voara maravilhosamente da janela de um vagão de trem, que referida bíblia estava em seu poder e nela constava um nome de uma pessoa. Ele guardava esta bíblia no desejo de um dia encontrar o dono.

Sabemos do que Deus é capaz, e temos certeza de que o domínio de tudo está em suas mãos; que Ele realiza coisas tremendas por causa de uma vida. E assim aquele pregador nem esperou terminar o testemunho; dirigiu-se ao irmão que testemunhava para saber, ainda na sua dúvida, se era o seu nome que constava naquela bíblia... a glória de Deus se manifestou poderosamente naquele lugar quando o pregador confirmou ser sua aquela bíblia. Ele relatou o que havia acontecido e falou que agora sim podia entender o motivo pelo qual Deus permitiu a atitude daquele homem 'valente', dentro do trem.

Deus prevaleceu, a sua palavra prevaleceu, a vida prevaleceu e o pregador aprendeu uma lição de que "operando Deus, quem impedirá?" Is 43:13b

Devemos dar graças por tudo, ainda quando não entendemos o agir de Deus. e eu aprendi também que quando o diabo pensa que está ganhando, Deus se mostra soberano e vitorioso... foi assim com Balaão... foi assim com Saulo... foi assim com Raabe... foi assim ... que comprovou que Deus ouve as nossas orações.
 

O CANSAÇO DA VIDA



CHEGA UM TEMPO em que, de tão velho, o carro não nos carrega. Nós é que o carregamos. Dos faróis ao virabrequim e suas bielas, tudo apresenta desgaste.

A buzina é um gemido. Os limpadores de para-brisa não funcionam. Os vidros das portas não levantam. A lataria apresenta sinais visíveis da ação das intempéries.

O motor, resultado de milhares de quilômetros rodados, já não pega de arranque. Perdeu o pique da arrancada tempestiva. Precisa de ajuda externa. Em breve estará reduzido a um monte de ferro velho a ser consumido pelo tempo.

De igual modo, passamos nós por esse ciclo: nascimento, vida e morte.

"Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento; antes que se escureçam o sol, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva; no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas; e as duas portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as vozes do canto se baixarem; como também quando temerem o que está alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua 'eterna casa', e os pranteadores andarão rodeando pela praça; antes que se quebre a cadeia de prata, e se despedace o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se despedace a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu" (Ec 12.1-8).

Chega um tempo em que a vida se torna um fardo. Quem o diz é o Senhor: "A duração de nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos" (Sl 90.10).

O carro velho da vida não funciona como nos tempos da mocidade. A luz de nossos faróis perdem a intensidade. Na pele, sinais visíveis da ação demolidora do tempo.

Os passos tornam-se trôpegos. Os amortecedores e dobradiças do esqueleto diminuem a celeridade no caminhar. Aos poucos, diminuem os decibéis da voz.

O coração sinaliza o cansaço. Batendo em média 80 vezes por minuto, deu cerca de três bilhões de batidas no decorrer de setenta anos. Damos graças a Deus pela criação de motor tão resistente.

Que os moços lembrem-se do Criador por toda a vida, e estejam preparados para os dias de cansaço, antes que se rompa o fio de prata, e o pó volte à terra e o espírito volte a Deus.

Pr Airton Evangelista

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

OS BALÕES COLORIDOS


Brandão tinha vendido balões a tarde toda. De repente apareceu um garotinho do outro lado da rua. Ele ficou olhando cuidadosamente pelo menos trinta minutos. Finalmente o menino disse: "Ei moço, você acha que os balões verdes podem voar tão alto quanto os outros balões?"

"Claro", disse Brandão, não dando muita atenção ao garoto.

Depois de vários minutos, o menino perguntou novamente: "Ei, moço, você acha que os balões vermelhos podem voar tão alto quanto os outros balões?"

"Claro", repreendeu Brandão.

Passaram-se mais alguns minutos e o menino voltou a perguntar: "Ei moço, que tal os balões pretos? Você acha que os balões pretos podem voar tão alto quanto os outros balões?"

Brandão atravessou a rua em direção ao menino, deu-lhe um balão e disse: "Não é a cor do balão que o faz voar. É o que está dentro do balão que o faz voar."

É "o que está dentro" que nos faz "voar" em nosso relacionamento com Deus. Leia Amós 6. 1-7 para ver que Deus adverte Israel por ignorar a fonte do real valor.

Pois todos que são guiados pelo Espirito de Deus são filhos de Deus. Rm 8:14

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

95 TESES FREI MARTINHO LUTERO

                                                            As que faltavam

46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.
61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.[7]
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.
64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.
65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.
68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.
71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.
75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus caso isso fosse possível, é loucura.
76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa.
77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.
78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I.Coríntios XII.
79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.
80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.
81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.
82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas –, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?
83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?
85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma Basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos próprios fiéis?
87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?
88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.
91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!
93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz![8]
94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.
95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.
[1517 A.D.]


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

TERRA À VISTA




"Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima." Lc 21:28.

Às duas horas da manhã do dia 12 de outubro de 1492, Rodrigo de Triana, marinheiro do Pinta, avistou o Novo Mundo. Ele, juntamente com seus outros 87 aventureiros da Espanha, estivera vasculhando o horizonte à procura de algum sinal de terra, ansiosamente durante muitas semanas.
No dia 18 de setembro eles tinham visto pássaros e nuvens baixas que Ihes fizeram sentir que havia terra por perto. No dia 25 alguém exclamou: "Terra à vista!" mas verificou-se logo que era alarme falso.
No dia 7 de outubro soou outro alarme falso.
No dia 11 a tripulação do Pinta pescou algum material que parecia ser feito de ferro, e de madeira. Alguém no Nina localizou um galho com frutas. Todos respiraram aliviados. Certamente estavam agora perto de terra. Nessa noite, o próprio Colombo viu uma luz no horizonte, e sentiu que antes do amanhecer encontrariam terra.
Colombo estava certo. Logo à primeira luz do alvorecer um marinheiro avistou rochas calcárias à distância. Logo depois lançaram âncora e os homens desceram à praia da ilha recém-descoberta. Ali eles se ajoelharam para beijar o solo e agradecer a Deus pela viagem feita em segurança. Lágrimas de alegria se misturaram aos cânticos. Eles pensavam que haviam chegado à Índia, mas em vez disso tinham descoberto o Novo Mundo.
Você e eu também nos fizemos ao mar em busca de um mundo novo. Não demorará muito e estaremos pisando as ruas da cidade de ouro e saboreando seus frutos doadores de vida. Não, ela não está muito longe. A terra celestial está logo ali no horizonte. Todos os sinais nos dizem que ela está perto.
Temos ouvido de guerras e rumores de guerras. Isto indica que a terra está logo adiante!
Há fome e terremotos. São sinais do fim de nossa jornada.
Há violência em nossas ruas e os homens vivem se odiando uns aos outros. A terra não pode estar muito longe!
As igrejas estão cheias de pessoas que não têm o poder de Cristo em sua vida. Estamos quase no fim da viagem!
O evangelho está rapidamente sendo levado aos quatro cantos da terra . O Novo Mundo está logo ali!
Há falsos profetas e falsos cristos! Terra à vista!
Levantai a cabeça! Alegrai-vos! Logo estaremos lá!


NÃO FECHE OS OUVIDOS




"Eles, porém, não quiseram atender, e rebeldes Me deram as costas, e ensurdeceram os seus ouvidos, para que não ouvissem." Zacarias 7:11.

Sete crianças e nove adultos se refugiaram no telhado da casa da família Green e oravam por suas vidas. Estavam ensopados até os ossos com a água da chuva. Ventos furiosos rasgavam sua roupa e açoitavam seu cabelo. Ondas gigantescas sacudiam a casa debaixo deles.
Momentos antes eles tinham estado em reunião na sala de estar quando a tormenta começou. A casa ficou inundada e eles correram para o sótão. Mesmo ali não se sentiram seguros em virtude da água que subia. Os homens abriram um buraco no teto e todos subiram para a superfície inclinada do telhado.
Subitamente, uma grande parte da casa ruiu e eles se viram flutuando à mercê das poderosas ondas. Miraculosamente os ventos os impeliram para uma parte alta da praia e os depositaram ali. Todas as 16 pessoas foram salvas.
Mas nem todos foram tão afortunados. O pior furacão que se abateu sobre o nordeste dos Estados Unidos matou 600 pessoas e deixou 60 mil desabrigadas.
Muitas vidas mais poderiam ter sido salvas não tivessem as pessoas fechado os ouvidos às advertências feitas no dia 19 de setembro de 1938. Nesse dia, o furacão passou pela costa da Flórida assustando a população, mas sem atingir o continente. Grady Norton, do Instituto de Meteorologia de Jacksonville, predisse que o Estado de Nova Inglaterra seria atingido.
Apareceu um pequeno artigo sobre a aproximação da tormenta na página 27 do New York Times no dia seguinte. Ninguém realmente acreditava que o furacão chegaria até Nova Inglaterra. Furacões só aconteciam nos trópicos. Aparentemente até mesmo os meteorologistas ignoravam as estranhas condições atmosféricas que poderiam ter confirmado o fato de que a tempestade estava se dirigindo para Nova Inglaterra. "Não pode acontecer aqui", eles pensavam; mas aconteceu. Fechar os ouvidos não impediu a tempestade!

Precisamos ser cuidadosos para não fazermos como o povo de Nova Inglaterra em 1938. Temos de manter nossos ouvidos abertos às advertências que Deus nos dá por meio da Bíblia e do Espírito Santo. Mesmo que às vezes não gostemos do que Deus diz, não devemos ser tão tolos em pensar que fechando os ouvidos evitamos que as coisas aconteçam.

domingo, 12 de janeiro de 2014

95 TESES DE LUTERO


1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.
15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.
18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.
20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa[1], pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?
30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.
34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.
36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina[2].
39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.[3]
40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto.[4]
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.[5]
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.[6]
44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.

45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
    
Dia 15 postarei as outras 40

sábado, 11 de janeiro de 2014

OS CRAVADORES E OS PEGADORES

Haverá uma parte igual para os de cada grupo - uma parte para os que foram à batalha, e outra para os que tomaram conta do equipamento. I Sm. 30:24 (A Bíblia Viva).

Um livro que fala das condições de trabalho nos estaleiros britânicos menciona duas classes de operários; uma é conhecida como os "cravadores" e a outra como os "pegadores". Sabemos quem são os cravadores. Os golpes ensurdecedores de seus martelos de ar comprimido soam de cada nova embarcação que está sendo fabricada. Os pegadores, cujas tenazes agarram os parafusos de aço aquecido ao rubro e os deixam prontos para o uso dos cravadores, fazem um trabalho menos emocionante e aclamado.

Os dois tipos de operários são semelhantes aos cristãos que labutam na causa do Senhor. Alguns, como os cravadores, parecem trabalhar à luz dos refletores e recebem toda a glória. Outros, como os pegadores, não fazem nenhum alarde mas são absolutamente essenciais para a realização do trabalho, embora recebam pouco ou nenhum crédito.

Na parábola dos trabalhadores, os operários que foram contratados de manhã concordaram em trabalhar na vinha por um denário - o pagamento normal de um dia de trabalho. Os que foram contratados mais tarde, inclusive os da undécima hora, receberam a garantia de que obteriam um pagamento justo. No fim do dia, quando o proprietário efetuou o pagamento dos trabalhadores e deu aos que chegaram por último a mesma quantia dada aos que haviam trabalhado o dia todo, aqueles que tinham trabalhado mais tempo reclamaram que deveriam ter recebido mais. Essa parábola, explicou Jesus, representa o reino dos Céus.

Não devemos supor que no dia em que for dada a recompensa, aqueles que trabalharam mais se queixarão de que a vida eterna não é suficiente e de que deviam receber mais "pagamento". A questão é que todos os salvos receberão a mesma recompensa - a vida eterna.

Suponho que alguém insatisfeito com essa recompensa nem mesmo estaria vivo para recebê-la. Todos nós, tenho certeza, ficaremos felizes até mesmo com o fato de termos sido salvos para a eternidade. Se alguns nesta vida receberam mais crédito que outros, o que é isso em comparação com o "eterno peso de glória" que será o prêmio dos fiéis? (Ver II Cor. 4:17.)

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

DEUS QUER FALAR CONTIGO

Levantei chateado já pensando nos inúmeros problemas que eu tinha para resolver naquele dia.
Um gosto amargo na boca, dores pelo corpo e uma angústia esquisita me invadia a alma e dizia que eu não havia dormido bem. E eu parecia uma barata tonta, não tinha ideia de "por onde começar"...

Quando sai para a rua fui surpreendido por um dia maravilhoso, um sol gostoso iluminava um céu azul quase sem nuvens, e eu tive a impressão de que Deus queria falar comigo.

Continuei caminhando e nas árvores da praça perto de casa, dezenas de passarinhos cantavam alegres e disputavam alimentos com uma barulheira festiva,
e senti que Deus queria falar comigo.

Olhei para as flores daquele Jardim e me lembrei de Jesus falando aos antigos: "(LC 12:27) "Olhai os lírios no campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam; e digo-vos que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles.", e mais uma vez senti que Deus queria falar comigo.

Angustiado com meus problemas que pareciam ser os mesmos sempre, parecia que eu nunca iria sair daquele círculo de aflições, quando percebi que minhas pernas estavam me levando por todos os lugares que eu queria, mesmo sem eu ordenar nada, que meus braços eram fortes e eu poderia utilizar essa força para o trabalho, e que meu cérebro possuía ainda um raciocínio muito rápido, e mais uma vez percebi que Deus queria falar comigo.

Mais a frente, vi um menino de no máximo 3 anos, com os bracinhos esticados e nas pontas dos pés pulando para alcançar uma maçã no alto de uma árvore.
Mesmo com todo o seu esforço, empenho e alegria, eu percebi que ele nunca iria conseguir alcançar aquela maçã, e nesse momento eu ouvi Deus me falar que nós somos iguais aquela criança...
Na maioria dos nossos dias colocamos nossa felicidade, nossos melhores sonhos, em lugares tão altos como aquela maçã estava para o menino.
Perseguimos frutos que não estão ao nosso alcance, e desprezamos o belo, as coisas boas que a vida nos oferece e nem damos a devida atenção.

Percebi então, quanto tempo eu estava perdendo amando quem não me amava, trabalhando onde não me sentia feliz, fazendo coisas somente para agradar quem nunca mereceu, desejando coisas que eu nem sabia se me fariam feliz, buscando um Deus da guerra para vencer meus inimigos, quando Deus é só amor.
Então compreendi que a felicidade está onde nós estamos, onde está o nosso coração..
E nesse dia eu ouvi Deus.

  Porque onde está o teu tesouro, ai estará também o teu coração. Mt 6:21

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

SEJA UM SERVO UTIL

Era uma vez um burrinho. Burrinho como os demais que viviam no pasto, e que prestavam serviços, quando necessitavam deles.

Um dia, houve grande festa naquela terra. Era feriado. Feriado nacional. Comércio fechado. Escolas sem aulas. Tudo parado.

Nas avenidas principais daquela cidade, devidamente ornamentadas, aconteceria propagado desfile militar e escolar. É que as jóias, insígnias, bandeiras, medalhas, coroas que pertenceram ao rei daquele país seriam apresentadas ao povo, esparramado pelas calçadas.

Aí precisaram de um burrinho, que transportasse, processionalmente, aqueles tesouros, que representavam história gloriosa daquela nação.

E o burrinho, de que lhes falo, foi apanhado, lá no pasto. Colocaram régios arreios sobre seus lombos, ornamentos dourados que brilhavam ao sol. Daquela manhã engalanada e festiva. Encimando aqueles arreios, dispostas com muita arte e gosto, as preciosas jóias reais. No desfile militar, o pacato quadrúpede ocupava lugar de destaque, comandando a parada.

Rojões espocavam, a multidão aplaudia, a tropa se perfilava, numa alegria contagiante, que deslumbrava e emocionava.

Acabado o desfile, retiraram as jóias que o burrinho carregava, os arreios dourados, os adereços todos, e ele foi levado de volta ao pasto, sem maiores formalidades.

Lá chegando, o burrinho começou a conversar com os outros burricos, seus companheiros. Disse ele, vaidoso:

- Vocês viram o que me aconteceu? Andei pelas avenidas da cidade, nesta manhã. E quando eu passava, soltaram fogos e foguetes, houve aplausos de todos os lados, uma beleza: Até soldados perfilaram-se, em continência, enquanto bandas de música celebravam a festança. Vejam como eu sou importante! Vejam!

Aí, um outro burrico, que ouvia aquela bazófia do companheiro gabola, desafiou-o:

- Se você é tudo isso que está dizendo, tenha a coragem de retornar as avenidas, por onde passou. Vá. Eu quero ver o que acontecerá!...

O burrinho vaidoso aceitou o desafio. Foi. Mas quando ele passava, apesar da cadência de seu passo garboso, moleques atiraram-lhe pedras, populares enxotaram-no aos gritos, brandindo relhos e chicotes, numa correria bárbara.

Cansado, resfolegando, envergonhado, assustadíssimo, o burrico retornou ao pasto, onde encontrou seus amigos, que o receberam, com desprezo e com desdém.

- E agora, o que dizes?, perguntaram-lhe, com zombaria. Então o burrinho vaidoso, cabisbaixo, filosofou:

- É. É verdade. Eu não tinha importância alguma. Eu sou igualzinho aos outros burrinhos. Só fui aplaudido enquanto carreguei as jóias do rei...

Linda lição! para nós. Para cada um de nós, hoje. Nela reflitamos, com humildade, na presença santíssima do Rei, de quem somos servos, tantas vezes inúteis...

sábado, 4 de janeiro de 2014

EM QUE VOCE É SUPERIOR



"Tu és o meu Deus, render-te-ei graças; tu és o meu Deus, quero exaltar-te" (Salmos 118:28).
Rainha Vitoria, após ouvir um de seus capelães pregar em Windsor, sobre a Segunda Vinda de Cristo, disse: "Oh, como eu desejo que o Senhor Jesus volte durante minha vida". "Por que sua majestade sente, com tanto fervor, esse desejo?" perguntou o pastor. Com um semblante iluminado por grande emoção, a Rainha respondeu: "porque eu adoraria colocar minha coroa a Seus pés." (Rev. G. Eckman)

O que possuímos de grande importância? Qual o motivo de nossa vaidade? O que nos faz pensar que somos superiores ou melhores que os outros? Seja qual for a nossa resposta, seria maior que a bênção de ter Jesus no coração?

Se o nosso sonho é ter muito dinheiro e muitos bens, é esse desejo maior do que o de caminhar no centro da vontade de Deus? Se o nosso propósito maior é alcançar sucesso e chegar ao ponto máximo de nossa carreira profissional, seria esse propósito maior do que ser guiado pelo Senhor e chegar ao lugar por Ele determinado para nossa felicidade?

Como seria bom e como seríamos felizes se todos os nossos sonhos e todos os nossos objetivos de vida se resumissem a fazer o que o Senhor deseja que façamos, alcançar tudo que o Senhor tem preparado para nós, andar pelos caminhos abençoados que Ele nos preparou até que nos chame para com Ele estar, no Céu de glória, por toda a eternidade.

A conhecida rainha britânica compreendia que seu reinado não era o mais importante e sim o reinado do Senhor sobre sua vida. Ela era a senhora da Inglaterra, mas, Jesus era o Senhor de toda a terra. Ela era amada por seus súditos, mas, principalmente, pelo Deus a quem ela amava e servia. Ela era muito importante como soberana de uma grande nação, mas, era mais importante ainda por ser filha de Deus.

Que possamos entender que tudo que temos de importante não tem importância alguma diante da importância de ter Jesus em nossos corações.

O que você possui de mais importante?
 Bruno Barbosa

A MENINA E A BONECA FEIA


 Ouvi uma história muito bonitinha outro dia, a respeito de uma menina que sonhou ganhar uma boneca nova no Natal.

        Ela "namorou" a boneca muitas vezes na vitrine da loja e fez questão de mencionar seu desejo em frente de toda família pra ver se alguém se comovia. O Natal chegou e, para sua surpresa, a boneca veio muito bem embrulhada num pacote cheio de laços vermelhos e dourados.
        - Obrigada vovó, você é mesmo demais.

        A festa foi se desenrolando, as horas passando até que a garotinha começou a ficar sonolenta. Ela juntou ao seu redor todos os presentes que havia ganhado, mas não conseguia se acomodar. Foi então que ela desapareceu da sala. A vovó saiu a sua procura e a encontrou em seu quarto, agarrada a sua velha bonequinha, com feições desmaiadas, pouco cabelo e sem um braço.

        - Parece-me que você não gostou tanto assim de sua nova boneca! Veio dormir com sua boneca velha., perguntou a vovó da menina.
        - Vovó, eu adorei a boneca nova, mas sabe, ela é tão linda que qualquer pessoa pode amá-la, esta aqui não tem ninguém para amá-la, senão eu., respondeu a menina.

        Achei que esta história poderia nos ensinar alguma coisa sobre aceitação das limitações e dos defeitos - feiuras - dos outros. Uma amiga me deu um quadrinho que diz: "Amiga é alguém que sabe tudo sobre você e ainda gosta de você." É tão fácil amar o amável, o belo, o bondoso.

        Quando você tiver dificuldade de aceitar e amar alguém lembre-se que Deus o aceita como você é e o ama "apesar de você".

       Há alguém no seu dia-a-dia difícil de engolir? Pois decida a amá-lo. Amar é muito mais uma decisão do que uma emoção. Decida primeiro que a emoção virá depois.
Como quereis que as pessoas vos façam, fazei-o vós também a eles. Lc 6:31
Regina Maura