No auge da
perseguição aos judeus, durante rigoroso inverno em um dos países nórdicos,
deu-se o seguinte fato. Uma família foi visitar os seus vizinhos a alguns
quilômetros de distância. De tarde, quando resolveu regressar, a sua filhinha de
seis anos, pediu licença para ficar, no entretenimento dos brinquedos, com as
crianças dos vizinhos, seus amigos. Veio a noite, com grande tempestade de neve.
A menina, sentindo saudades dos pais, foge para voltar para casa, mas perde-se
no caminho. Atravessava a floresta um dos perseguidos judeus e encontra,
encolhida, debaixo de uma árvore, a desditosa criança. Toma-a em seus potentes
braços e abriga-a debaixo do seu grosso capote. Já muito tarde, tendo a criança
em seus ombros, bate à porta de uma casa, onde, no meio da floresta, descobrira
uma restea de luz. Um homem abre-lhe a porta e com uma lanterna ilumina o rosto
do viajante. - "Como? Como se atreve um judeu a bater em minha porta?" E
inopinadamente bate a porta, fechando-a e deixando o pobre homem do lado de
fora. Pela manhã, passada a tempestade, encontra no caminho, a pouca distância
de sua porta, o corpo regelado daquele homem. Ao aproximar-se, descobre que
debaixo do seu capote, abraçada ao seu pescoço, está uma criancinha. É a sua
filha. Ao fechar a porta àquele judeu, o havia feito à sua felicidade, a razão
de ser de sua vida, a alegria do seu lar. A sua única filha. E quantos hoje,
estão fechando a porta àquele que lhe traz a paz e a felicidade. Que faremos de
Jesus, chamado o Cristo?
Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo Ap 3:20
Nenhum comentário:
Postar um comentário