domingo, 7 de agosto de 2011

O PÃO DA MORTE... O PÃO DA VIDA...”
(Paulo Queiroz)

Os poucos pães da casa haviam acabado. O pequeno Abiatar estava com muita fome ainda, e chorava. Evódia, a mãe, era morada antiga do desleixo e da preguiça. Diante da cena, impotente e sem saber a quem recorrer, só chorava. E quando não mais suportou ver as tão acentuadas necessidades da criança, escolheu o pior caminho: a prostituição. Jurou em nome de Deus que seu filho jamais sofreria por fome, mas a pobre mulher, navegando no mar da ignorância, não tinha a menor idéia de que seu juramento jamais seria acolhido pelo Deus de Amor.
Debaixo do fogão velho Abiatar avistou um minúsculo pedaço de pão, já endurecido e esverdeado pelos fungos rizóides, e pegou-o para comer. Evódia, eufórica e com muita raiva, bateu em sua mão, advertindo-o severamente:
– Jogue fora imediatamente esta porcaria!
– Não vê que isso não presta? Se comer esse pão estragado vai morrer, menino!

O garoto chorou ainda mais. E sua mãe, ali, preparando-se para jogar fora o pedaço de pão, e parte de sua própria vida, estava prestes a comer o pão que realmente mata. Ela não conhecia o Pão da Vida. O Livro Sagrado, a tal respeito, nos ensina que “não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem” (Mateus 15:11).
A Palavra de Deus demonstra que o que se diz está intimamente associado às atitudes, isto é, o que se fala é, não raro, o que se faz. E quando jurou em nome de Deus que o filho não mais choraria de fome porque, confiando na sua formosura, iria deitar-se com seus amantes para sustentar-se a si e o filho, Evódia pronunciou as palavras que a levariam a comer e alimentar o filho com o pão da morte por longos anos.
Muito tempo se passou, e a mulher, já mais velha, nunca mais teve que mendigar comida, pois a sua necessidade extremada a fez optar pelo “caminho mais fácil”, e se arvorou no mal: “irei atrás de meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas” (Oséias 2:5).
Só que ela já não conseguia mais suportar o estigma maldito que carregava havia anos. Sua alma clamava por libertação, pois o filho crescera testemunhando o trilhar espinhoso da mãe em busca de pão. Ela necessitava mudar aquele caminho, e provar do verdadeiro Pão que destrona a vergonha e abate o pecado: Jesus Cristo, o Pão da Vida.
O milagre chegou àquela vida. Daquele dia em diante a mulher seria renovada de todo. Conheceu a Luz, e a libertação miraculosa apontava para um novo caminho: o Pão da Vida, que aniquila a morte e envergonha a maldição. Quando abraçou a Cristo, passou a experimentar o sabor incomparável do prazer de viver uma vida digna, honrando a Deus, ao filho e a si mesma.
Evódia andava por um novo caminho, comendo um novo Pão. E rompeu para sempre com o estigma que trazia desde a infância. O domínio do mal sobre sua vida não possuía mais nenhum efeito, porque o alimento mortífero que comia fora lançado no inferno. Ela agora se alimentava do Pão da Vida, e recebeu de presente a vida eterna.
Alimente os que você ama com o Pão da Vida e com honra.                                             
Jo  6,35  Declarou-lhes,  pois,  Jesus:  Eu  sou  o  pão  da  vida;  o  que  vem  a  mim,  jamais  terá  fome;  e  o  que  crê  em  mim,  jamais  terá  sede.

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