sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CUIDADO COM A LINGUA

O leão, o rei dos animais, convocou todos os bichos a uma assembléia geral para tratar de assuntos graves. Acudiram (foram) estes ao convite, que consideravam grande honraria. E o leão lhes disse: “Prestantes e estimadíssimos vassalos capachos, convidei-vos para que me tirásseis de uma dúvida cruel: há muito que quero saber se o meu bafo ou fede ou cheira; vou consultar-vos a cada um em particular”. Dito isso, tomou-os um por um, e os consultou. Aos que diziam que fedia, ele falava: “Insolente! tens o atrevimento de dizer que fede o bafo de teu rei ? !” tornava-lhes o leão, e logo os matava. “Adulador! pois tens cara de dizer-me a mim, que o meu bafo cheira, dizia aos que mentiam para lisonjeá-lo; não gosto de quem quer me enganar!” E os matava. Chegou a vez do macaco: Meu Rei, há de Vossa Majestade perdoar-me, disse o espertalhão; ando há quinze dias com um resfriado horrível; saí da cama há pouco e apresentei-me, só para não faltar à devida obediência; mas não estou em estado de perceber cheiro algum. E o Leão riu-se da malandragem e sutileza do macaco; e este foi salvo.
MORALIDADE: Por que ter pressa de dizer aquilo que, não podendo trazer utilidade alguma, só traz comprometimento?

Pv  13.3  O    que  guarda  a  boca  conserva  sua  alma,  mas  o  que  muito  abre  os  lábios  a  si  mesmo  se  arruína

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