domingo, 25 de dezembro de 2011

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“Sinto muito, meu pai, acho que esse diálogo é o último que tenho com o senhor. Sinto muito mesmo. Sabe, pai, está em tempo do senhor saber a verdade de que nunca suspeitou. Vou ser breve e claro: A DROGA ME MATOU! Travei conhecimento com minha assassina aos 15 anos de idade. É horrível, não pai? Sabe como nós conhecemos isso? Através de um cidadão elegantemente vestido, bem elegante mesmo e bem falante, que nos apresentou nossa futura assassina: A DROGA. Eu tentei, tentei mesmo, recusar; mas o cidadão mexeu com meu brio, dizendo que eu não era homem. Não preciso dizer mais nada, não é? Ingressei no mundo das DROGAS... no começo, foram tonturas, depois o devaneio, a seguir a escuridão... não fazia nada sem que as DROGAS estivesse presente! Depois veio a falta de ar, medo, alucinação; depois euforia, novamente... Eu me sentia maior e melhor que as outras pessoas e a DROGA, minha amiga inseparável, sorria, sorria....Sabe, pai, a gente começa achando tudo ridículo e muito engraçado. Até Deus eu achava ridículo! Hoje, neste hospital, eu reconheço que Deus é o Ser mais importante do mundo., Eu sei que sem a ajuda Dele eu não estaria escrevendo esta carta. Pai, o senhor pode não acreditar, mas a vida de um drogado é terrível. A gente se sente dilacerado por dentro... é horrível! E todo jovem deve saber disso para não entrar nessa. Já não posso dar nem três passos sem me cansar. Os médicos dizem que vou ficar curado, mas quando saem do quarto balançam a cabeça... Pai, eu só tenho 19 anos e sei que não tenho a menor chance de viver, é muito tarde pra mim... Mas, ao senhor, pai , tenho um último pedido a fazer: procure todos os jovens que o senhor conhece e mostre a eles esta carta: diga-lhes que, em cada porta de escola, em cada cursinho, em cada faculdade, em qualquer lugar, há sempre um homem, elegantemente vestido e bem falante, que irá mostrar-lhes o seu futuro assassino, o destruidor de suas vidas, que os levará à loucura e à morte, como a mim. Por favor, pai, faça isso antes que seja tarde demais para eles! Perdoe-me por fazê-lo sofrer, também, pelas minhas loucuras. ADEUS, PAI

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