Em certa cidade vivia um negociante de madeiras, cujas transações
começaram a diminuir. Embora tivesse sido, em algum tempo, popular e próspero,
seu negócio começara a cair e ele próprio passara a ser considerado maldoso,
usurário e desonesto. Por algum tempo seu negócio prosperara, e ele ganhava
dinheiro suficiente para si e para a família, sobrando ainda algum para pôr no
banco, semanalmente. Ávido de maiores lucros, resolveu cortar seus toros de
madeira alguns centímetros menos que a medida normal. O povo, naturalmente, não
queria negociar com ele.
A medida estabelecida naquele lugar para um toro de madeira era de
um metro e vinte centímetros de comprimento; mas ele mandou que seus empregados
os cortassem com um metro e dez. Pensava que ninguém fosse notar que os toros
eram mais curtos, e ao fim do ano isso significaria uma boa quantia de reais de
acréscimo em sua Poupança.
Mas os clientes mediam a madeira e espalhou-se entre a população a
notícia de que o negociante era desonesto. O povo todo se recusou a comprar
dele, preferindo negociar com pessoa honesta.
Um dia, para surpresa geral, correu a notícia que esse homem se
convertera – tomara-se cristão. Não foram muitos os que creram no que se dizia,
pois o consideravam inteiramente desgarrado. Seu nome estava em discussão entre
um grupo de pessoas que se encontravam numa loja da cidade.
Uma delas se apartou do grupo por alguns momentos. Logo depois
voltou, exclamando com excitação: "É verdade, amigos! Ele está mesmo convertido!
É verdade!" Quase em uníssono lhe perguntaram:
– Como é que você sabe? Onde obteve sua informação?
– Pois bem, ao sair daqui, consegui medir umas madeiras cortadas
por ele ontem, e todas têm um metro e vinte de comprimento!
Isso foi o suficiente. Não houve mais dúvida. Sua conversão era
genuína.
O Mestre mesmo disse:
"Pelos seus frutos os conhecereis Mt 7:16 ."
A circunstância de o seu nome estar inscrito no registro de alguma
igreja não constitui garantia de sua conversão, de sua sinceridade. Você pode
pertencer à maior igreja de nossa cidade, e mesmo assim ser hipócrita.
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