segunda-feira, 3 de março de 2014

UM METRO E VINTE



Em certa cidade vivia um negociante de madeiras, cujas transações começaram a diminuir. Embora tivesse sido, em algum tempo, popular e próspero, seu negócio começara a cair e ele próprio passara a ser considerado maldoso, usurário e desonesto. Por algum tempo seu negócio prosperara, e ele ganhava dinheiro suficiente para si e para a família, sobrando ainda algum para pôr no banco, semanalmente. Ávido de maiores lucros, resolveu cortar seus toros de madeira alguns centímetros menos que a medida normal. O povo, naturalmente, não queria negociar com ele.
A medida estabelecida naquele lugar para um toro de madeira era de um metro e vinte centímetros de comprimento; mas ele mandou que seus empregados os cortassem com um metro e dez. Pensava que ninguém fosse notar que os toros eram mais curtos, e ao fim do ano isso significaria uma boa quantia de reais de acréscimo em sua Poupança.
Mas os clientes mediam a madeira e espalhou-se entre a população a notícia de que o negociante era desonesto. O povo todo se recusou a comprar dele, preferindo negociar com pessoa honesta.
Um dia, para surpresa geral, correu a notícia que esse homem se convertera – tomara-se cristão. Não foram muitos os que creram no que se dizia, pois o consideravam inteiramente desgarrado. Seu nome estava em discussão entre um grupo de pessoas que se encontravam numa loja da cidade.
Uma delas se apartou do grupo por alguns momentos. Logo depois voltou, exclamando com excitação: "É verdade, amigos! Ele está mesmo convertido! É verdade!" Quase em uníssono lhe perguntaram:
– Como é que você sabe? Onde obteve sua informação?
– Pois bem, ao sair daqui, consegui medir umas madeiras cortadas por ele ontem, e todas têm um metro e vinte de comprimento!
Isso foi o suficiente. Não houve mais dúvida. Sua conversão era genuína.
O Mestre mesmo disse:
 "Pelos seus frutos os conhecereis  Mt 7:16 ."

A circunstância de o seu nome estar inscrito no registro de alguma igreja não constitui garantia de sua conversão, de sua sinceridade. Você pode pertencer à maior igreja de nossa cidade, e mesmo assim ser hipócrita. 

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